Sem título



Não me prendo a nada que defina.

Sou companhia, mas posso ser solidão.

Tranquilidade e inconstância, pedra e coração.

Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono.

Música alta e silêncio.

Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser.

Não me limito, não sou cruel comigo.

Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer...

Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...ou toca ou não toca.”

Clarice Lispector

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